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21 junho 2010

José Régio (Vila do Conde, 1901- 1969)



Ventura Porfírio, Poeta de Deus e do Diabo, 1958
Óleo sobre tela, 138,5 x 108 cm
Câmara Municipal de Portalegre, Casa-Museu José Régio




José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, foi poeta, ficcionista, dramaturgo, memorialista, ensaísta, crítico literário e professor do ensino secundário de reconhecido mérito, que esteve ligado ao Segundo Modernismo.

Viveu em Vila do Conde até completar o quinto ano do liceu, após o que continuou a estudar no Porto.

Aos 18 anos, foi para Coimbra, onde se licenciou em Filologia Românica (1925), com a tese «As Correntes e As Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa». Este estudo foi, na época, pouco apreciado, sobretudo pela valorização que nela fazia de dois poetas então quase desconhecidos, Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.

No ano de 1925, publicou o seu primeiro livro de poesia, Poemas de Deus e do Diabo, com o pseudónimo de José Régio.
Com Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões fundou, em 1927, a revista Presença, Folha de arte e crítica, que marcou de modo indelével o Segundo Modernismo português e de que Régio foi o principal impulsionador e ideólogo.
No plano político, opôs-se ao Estado Novo, tendo integrado o MUD (Movimento de Unidade Democrática) e tendo apoiado a candidatura de Humberto Delgado.


Como escritor, dedicou-se ao romance, ao teatro, à poesia e ao ensaio e foi um dos escritores de maior relevância do século XX.

Em 1927, José Régio iniciou a sua carreira de professor tendo leccionado no Porto e em Portalegre onde permaneceu durante 34 anos. Em 1967 regressou a Vila do Conde, onde morreu dois anos mais tarde.