(Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 - Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930)
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder...pra me encontrar...
Sessenta Sonetos de Amor, Florbela Espanca
Escolhi este poema pois transmite uma mensagem muito importante que é o valor do amor. Amar tudo e todos, espalhar amor por toda a gente e não por uma pessoa em especial, saber aproveitar a vida e o melhor que esta tem.
Carolina
Carolina